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Chag Purim, a festa de Purim, celebra a recordação da salvação pela Providência Divina da tentativa de extermínio do nosso povo Israel pelos inimigos no império persa, no reinado de Achashverosh (Xerxes 485-467 a.e.c.) que corresponde ao período do retorno do exílio babilônico e construção do Segundo Beit HaMikdash, o Templo Sagrado de Yerushalaim.

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Em Shushan, capital do Império Persa, Haman um dos ministros do reino instiga o imperador a assinar um decreto que permitia que os hebreus sofressem ataques de seus inimigos dentro do império. Antes disto, uma das filhas de Israel, Hadassa (Ester) foi escolhida pelo rei dentre outras virgens do reino, para ocupar o trono da rainha que tinha sido destronada por insubordinação. O Kadosh Baruch Hu também permitiu que Mordechai, o primo de Ester que a criou e a ensinou nos caminhos de Torah e Mitsvot desde pequena, contribuísse para frustrar uma rebelião contra o reino.

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Assim, um dos descendentes do antigo inimigo de Israel, Amalec, o perverso Haman Haagagui, através de sorteio (Pur) estabeleceu o dia 13 de Adar como data para o intento. Quando foi oficializado o edito do rei, a rainha Hadassa convoca um jejum para que todos os judeus na capital Shusham possam clamar ao Todo Poderoso pela salvação. Mordechai exorta a todo o povo de Israel para retornar aos caminhos justos do Eterno D’us de Israel e Sua Torah.

 

Com isso, o Eterno Baruch Hu Shemó, entrega uma estratégia para Hadassa Hamalka contra o inimigo Haman para que em uma festa em seu palácio, pudesse mostrar a verdadeira face maligna de Haman e seus perversos planos. De forma milagrosa, em uma sequência de acontecimentos, a providencia Divina permite que se inverta a situação, transformando-se subitamente a maldição dos Benei Yisrael em livramentos e bênçãos. Tendo Achashverosh se conscientizado da perversão de Haman, ordena que ele seja executado na mesma forca que tinha construído para enforcar Mordechai, o tsadik, que ele tanto odiava.

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Contudo, o edito do rei uma vez assinado não poderia ser revogado, entretanto nos dias 13 e 14 de Adar, o rei permitiu que todos os hebreus de todas as províncias do império se defendessem de seus inimigos. E assim com o apoio do Rei e seu novo ministro Mordechai, os que intentavam em destruir o povo de Israel foram destruídos pelos próprios hebreus que se defenderam naquele dia e assim pelo Misericordioso, Baruch Hashem, foi muito grande a nossa vitória. Assim foi instituído por Mordechai, Hatsadik, no dia 14 de Adar (e 15 em Yerushalaim - shusham Purim) Chag Purim, onde comemoramos a intervenção Divina em favor do nosso povo YIsrael.

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Leis e Tradições de Chag Purim

 

Micrá Meguilát Ester - É uma Mitsvá ouvir ou ler a Meguilát Ester duas vezes, uma após o Arvit em Erev (noite) Purim  outra após o Shacharit pela manha ou ao longo do dia. Estas são as mitsvot de recordar e celebrar o livramento que HaShem tem dado ao nosso povo de geração em geração, conforme consta nos Escritos Sagrados da Meguilát: “E esses dias serão recordados e celebrados de geração em geração, de família em família, de província em província, de cidade em cidade”; (Ester 9:28).

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A leitura da Meguilát é feita com muita atenção e devoção, apesar das tradicionais brincadeiras que são feitas provocando muito barulho para encobrir o pronunciamento do nome do perverso Hamam. Esta festa é muito marcante, principalmente para as crianças, que se fantasiam munidas de chocalhos, pandeiros, festejando com os adultos, os quais muitos também usam fantasias para celebrarem alegremente esta festa de salvação. Antes da leitura da Meguilát recitam-se as seguintes três brachot:

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Baruch Ata Adonai, Eloheinu Melech Haolam, asher kideshanu bemitsvotav, vetsivanu al micrá Meguilát.

Bendito sejas Tu Eterno nosso D’us Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou ler a Meguilát.

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Baruch Ata Adonai Eloheinu Melech Haolam, sheassá nissim laavoteinu bayamoin hahêm bizeman hazé.

Bendito sejas Tu Eterno nosso D’us Rei do Universo, que fez milagres aos nossos antepassados naqueles dias, nesta época.

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Baruch Ata Adonai Eloheinu Melech Haolam, shehecheianu vekiyemánu, vehiguianu lizman hazé.

Bendito sejas Tu Eterno nosso D’us Rei do Universo, que nos conservou em vida e nos manteve e nos fez alcançar esta época.  

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Após a leitura da Meguilat recita-se a seguinte brachá:

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Baruch Atá Adonai, Eloheinu Melech Haolam, harav et rivênu, vehadan et dinênu, vehanokem et nicmatenu, vehameshalém guemul lechol oievê nafshenu, vehanifrá lánu mitsarenu. Baruch Ata Adonai, anifra leamo Yisrael micol tsarehem, HaEl HaMoshía. (Amen).

Bendito sejas Tu Eterno nosso D’us Rei do Universo, que pelejaste por nós, julgaste a nossa causa, tomaste a vingança por nós e pagaste o merecimento a todos os inimigos da nossa alma e retribuíste o mal que nos fizeram os nossos inimigos. Bendito sejas Tu, Eterno, que retribuis o mal que fazem ao povo de Israel, ó D’us Salvador.

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Mishlôach Manot – Trata-se de uma antiga tradição de nossos antepassados que preservamos de geração em geração, enviando alimentos no dia de Purim. São oferecidos pelo menos dois alimentos a um ou dois amigos ou em nome das famílias, como símbolo de amizade e irmandade em nosso povo. Não é necessário que os alimentos sejam sofisticados, mas algo simples e nem existe a necessidade de serem categorias para brachot diferentes.

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Matanot Laevyonim – Esta mitsvá traduz-se literalmente: “presentes aos necessitados” e requer maior atenção e generosidade na tsedaka neste período do que em outros dias. Em Purim segue uma atmosfera de igualdade e fraternidade, pois recordamos que no tempo de Mordechai e Ester, todos os yehudim estavam debaixo de uma mesma sentença, não importando as diferenças e estratos sociais, todos se uniram como um só povo para clamar com súplicas e jejuns ao Eterno, que nos livrou do intento maligno de nos exterminar. Muitos fazem tsedaka especial para a sinagoga além de seu maase mensal. Por esta razão, até mesmo os necessitados de nosso povo também enviam presentes aos amigos e tsedaka na sinagoga que também irá distribuir aos carentes para que todos tenham o necessário e também muita alegria na celebração de nossa existência como Am Elohim (Povo de D’us).

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Seudat Purim – Esta é a refeição festiva e ritual no dia de Purim que, tradicionalmente, é celebrada no final da tarde até a noite com muita alegria nas casas ou kehilot. A refeição festiva é algo muito presente na história de Purim e por esta razão dá-se uma importância especial na confraternização e na expressão da fé e alegria. Em Chag Purim as crianças e os adultos se divertem com as fantasias que se refere à natureza oculta do milagre em Purim. Na Meguilát, Ester o Nome do Eterno não aparece no relato bíblico e assim o que se mostra aparente como obra do acaso, na realidade para o nosso povo é de fato a obra salvadora de HaShem. Esta é uma festa de salvação e isto também remete a ocultação de Yeshua HaMashiach ao nosso povo (cf. Rm 11:7-27), para que também as famílias da terra venham a adentrar na Aliança do D’us de Israel, através de Seu Mashiach Yeshuateinu (Nosso Salvador). Esta festa não pode faltar carne, chalá e vinho e as tradicionais oznei haman, (orelhas de haman) uma massa de três pontas recheada com uvas ou outro doce.

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Jejum de Ester – O dia do jejum que tradicionalmente observamos é o décimo terceiro dia de Adar, o mesmo que nossos pais, com a ajuda Divina, derrotaram os seus inimigos conseguindo assim a salvação de todo o povo em Erets YIsrael e nas diversas províncias do rei Achashverosh. Jejuamos para nos recordar das grandes aflições que nosso povo, por gerações tem passado, mas também para nos fortificar espiritualmente na esperança da redenção no Mashiach Yeshua que venceu a morte, o pior inimigo que também nesta fé, nos dará a vitória final. Assim confiantes que HaShem sempre nos tem livrado a Seu tempo de diversos inimigos, mesmo que em muitas vezes tivemos que passar por grandes perdas e amarguras, a fé de Am Yisrael sempre é renovada a cada luta, a cada geração e a cada vitória. Enfim jejuamos juntamente com todo Israel a fim de que o nosso povo venha a se achegar para a Torah, a fim de reconhecer seu Mashiach judeu, o qual as Escrituras Sagradas fazem menção nas suas duas vindas, ou seja, o Eved HaShem, Yeshua Ben Yosef (Is 53), e o Ben Elohim, Yeshua Ben David (SL 2).

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Baruch Haba Beshem Adonai, Yeshua HaMashiach! Que venha em breve em nossos dias!

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Chag Purim Sameach! 

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Rosh Yossef Chaim (Maurício) – B'rit Olam.