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Elul, chega o último mês do Ano...



Em Colossenses 2.17 rav Shaul fala das sombras. Algo que tem valor, pois corresponde ao formato do real. O real é Yeshua, e todas as grandes festas estabelecidas por HaShem mostram um período do que acontece com Yeshua.


HaShem denomina o primeiro mês do ano como Nissan, onde inicia o processo de libertação. 


Dia 15. Como o calendário judaico é lunar, na lua nova sempre se inciam os meses. Dia 15 é lua cheia, e as festas sempre caem na lua cheia - Pessach, Sucot, Shavuot. São festas importantes de peregrinação, nas quais os benei Israel deveriam subir para Yerushalaim. Os tempos sempre eram contados de acordo com os reis, fatos eram citados no segundo ano do reinado desse ou daquele rei. Em Pessach, am Israel está sem rei no seu meio, mas com o único salvador. 


Se Nissan fosse começo do ano não seria dia 15. Mas Rosh HaShaná cai no dia primeiro. O que isso representa para nós?

Rosh HaShaná e Yom Kipur são juízo. É o final de um ciclo. Assim também, quando Yeshua voltar, terminará um ciclo. E essas festas representam isso.


O shofar é tocado durante todo o mês de Elul, o último mês do ano, e também em Rosh HaShaná e no final de Yom Kipur. É um instrumento sagrado, e só é tocado nas datas certas, determinadas por HaShem. No final do jejum do Yom Kipur, encerrando o dia, o shofar é tocado. Era a partir desse momento que os escravos eram libertos a cada sete anos, e também no ano do jubileu as terras voltavam aos seus respectivos donos. 


A tradição diz que dia 25 de Elul seria o primeiro dia da criação, até que no sexto dia - Primeiro de Tishrei, foi a criação de Adam - correspondendo a Rosh HaShaná. O homem é a coroa da criação e glorificou a D-us. 

O shofar tem toques diferenciados: tekiá - som contínuo, mostra a realeza de D-us, shevarim - entrada da realeza, e teruá - toque da guerra, vários toques curtos, de preparação. Chamada para teshuvah (arrependimento). 


Lamento da alma, preparo para a guerra. Keriá guedulá - contínuo, grande, até o fôlego aguentar. Coroação de HaShem, grandeza do amor que HaShem tem por Israel e seu povo.


As festas são ferramentas do Eterno para identificar o que D-us fez e o que fará no futuro. Pois existe um tempo de D-us para todas as coisas. Em Yom Kipur é decretado o juízo de HaShem. E o mês de Elul é o tempo para o homem se preparar para passar pos essas festas. Busca da kedushá - santidade. Elul é o mês do balanço espiritual, um conceito judaico, sempre foi feito. Onde eu preciso mudar? É um tempo criado por HaShem para o homem fazer uma auto-análise. Nós temos redenção por Yeshua HaMashiach. 


Mas ocorrem "pequenas coisas" que muitas vezes nos passam despercebidas. Temos então quarenta dias para esse balanço, para um auto-exame minucioso para um saldo espiritual. O mais difícil não é esse processo, mas manter-se no restante do ano na kedushá. Na comunidade judaica, há uma facilidade muito grande nesse período para pedir perdão por pequenas coisas. Mesmo que tenhamos uma vida ocupada com trabalho e estudos, nas tefilot (orações) da manhã e da noite, devemos fazer esse balanço.


HaShem olha o nosso interior, e é um tempo de oportunidade nessas festas, de entrar no que Ele proporciona para nós. Existem períodos, por exemplo, na agricultura, a laranja produz o ano todo, mas tem um período em que ela produz mais. Nesse mês de Elul é mais fácil para fazer teshuvah, é um período propício. 


Elul é o tempo de refinar a alma. Como um rude camponês casando-se uma delicada princesa, sendo o camponês nosso corpo e a princesa nossa neshamá (alma). Nossa carne não tem condições de agradar à neshamá. A neshamá deve ser alimentada com as coisas do céu, e a carne deve ser crucificada. HaShem nos dá a força para fazermos isso.


Olhando para as kehilot(congregações) de Apocalipse, percebemos em todas as cartas uma atmosfera de juízo. Arrepende-te. Atmosfera de Elul, de teshuvá. Essas kehilot são como a nossa kehilá. A palavra do Senhor deve prevalecer, eu tenho que mudar. Antes de Rosh HaShaná tem Elul inteiro para estudar. Fazer hesbon HaNefesh - auto-análise. Como estive nas áreas de tefilá (oração), teshuvá (arrependimento) e tsedaká (ajuda aos necessitados)? O nome de Rosh HaShaná em Vaicrá 23.23-30 está como Recordação do Toque - Zichon Teruá. 


Memorial do shofar. Recordar também está intimamente ligado à teshuvá. É uma convocação para a santidade. Recordamos tanto a grandiosidade de HaShem, das Suas brachot (bênçãos), e e também recordadmos que não temos mérito para estar diante de HaShem. Se não consigo recordar sobre eu mesmo, como vou fazer teshuvá? Nosso cérebro pode se esquecer, mas o Ruach HaKodesh (Espírito Santo) nos revela. O homem espiritual consegue receber revelação. Contudo, a negligência no estudo, na tefilah e no recordar impedem o crescimento espiritual. Tehilim 119.147 antecipo as vigílias da noite para orar. Precisamos meditar e praticar, Yacov 1.22 fala em sermos operosos praticantes, e não ouvintes esquecidos. 


Outro aspecto importante nas festas é não se chegar de mãos vazias, isso falando materialmente e também espiritualmente. Se não nos prepararmos, não retivermos a água, seremos cisterna rota. Ler, meditar e praticar é salientado em Josué 1.8. Os reis de Israel deveriam copiar uma Torah para si e ter ao lado de sim para ler todos os dias e ser humildes.


Devemos tomar as perdas do ano e as transformar em lucro. Perguntas são instrumentos tremendos. O que a Torah diz sobre isso? Onde eu errei? Como eu reajo em determinada situação? Buscar alcançar níveis mais profundos. Contemplar o funcionamento interno da alma. Por que estou falhando nessa área? Qual é o tamanho do meu ego? Quero mostrar o que eu não sou? Qual minha motivação na Congregação? Qual o meu comprometimento? O Eterno quer o melhor de nós. 

Rosh Maurício na Brit Olam

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