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Parashat Shemôt




Parashat Shemôt Ex 1.1 -6.1

Esta parashat, cujo significado é "nomes", inicia o livro de mesmo nome. Inicia citando os nomes dos que vieram com Yacov, e relata como os egípcios afligiram os hebreus, descendentes de Yacov, quando se levantou outro rei que não conhecera Yossef. Conta sobre a ordem dada às parteiras para matarem os meninos hebreus, que foi desobedecida por elas. E a ordem posterior de matar no Nilo todos os meninos que nascessem. Nasce Moshê, escondido pela mãe e depois adotado pela princesa. Moshê é educado nos palácios egípcios e aos quarenta anos começa a sair para ver seus irmãos. Mata um egípcio e foge para Midiã, onde se casa e pastoreia ovelhas. Após quarenta anos o Eterno lhe aparece numa sarça ardente e o envia de volta ao Egito para libertar seu povo, capacitando-o a fazer sinais e enviando seu irmão Aharon para auxiliá-lo. Foi alertado de que o faraó se endureceria, o que de fato aconteceu, e o povo que antes adorara a HaShem pela vinda de Moshê, agora é penalizado e se revolta com ele.

Os filhos de Israel foram sustentados pelo Eterno através de Yossef, a vida ali em Mizraim foi boa, e eles cresceram em número. Mas ali era uma passagem, algo temporário, os planos do Eterno para seu povo eram muito maiores. Com o passar do tempo começou a opressão, as dificuldades e grandes problemas. Há tempo para todo o propósito..., como Shelomô tão bem colocou em Eclesiastes 3. Não era mais tempo de ficar ali. Se tudo tivesse estado muito bem, talvez os filhos de Israel não estivessem dispostos a sair, como podemos constatar no posterior exílio babilônico, do qual muitos não quiseram voltar. Na nossa vida também é assim, somos colocados numa situação e achamos que ali ficaremos sempre, está confortável. Mas os planos do Eterno são cumpridos através dos processos que Ele vai fazendo ocorrer em nós. E quando vêm crises e dificuldades, muitas vezes estas nos fazem galgar degraus além, em direção aos propósitos do Eterno.

E foi no meio de toda a crise enfrentada pelos hebreus, que o Eterno fez nascer um bebê que estava condenado a morrer como todos os outros meninos que nascessem naquele tempo. Interessante que não foi um fogo vindo do céu, ou uma legião de anjos, mas o Eterno faz nascer um frágil bebezinho que se tornaria o instrumento pelo qual o Seu povo seria liberto. Outra coisa que aprendo é que o Eterno não tem pressa. Esse bebê teria no mínimo que crescer para realizar tal feito.

E de fato, através de circunstâncias miraculosas, Moshê foi adotado pela filha do faraó e se inseriu na corte, um homem livre, o único livre de seu povo. Mas o que parece se encaminhar para um espetáculo grandioso cai tudo por terra. Moshê no auge de sua vida, aos quarenta anos e com toda a força e vigor, consegue "estragar tudo", pois se vê obrigado a fugir após matar um egípcio. E fico pensando como essas coisas acontecem conosco também. Quando tudo parece se encaixar e fazer todo o sentido, aí nós achamos que agora sim, estaremos de fato fazendo algo de "importante" para o Eterno, tudo cai por terra. Nossa limitação nos impede de compreender que importante para D-us é um coração totalmente rendido a Ele, sem expectativas em nós mesmos, em dependência total do Seu poder.

Então Moshê vai para um período de anonimato completo, no deserto, cercado apenas daqueles que se tornaram sua família no estrangeiro. E ali cuidando das ovelhas ele tem bastante tempo para apenas conhecer ao Eterno, apenas estar nEle. Assim como Moshê, outros homens de D-us experimentaram esse tempo longe dos holofotes, longe das pessoas. Elyiahu e Yohanan imersor são exemplos disso, além de muitos outros. Até Yeshua ficou quarenta dias sozinho no deserto. Esse é um tempo que não é perdido, é na realidade um importante tempo de preparação, onde somente o Eterno é a segurança, onde todas as nossas fontes estão em HaShem. Ele se torna nossa prioridade e nosso tesouro. Só depois desse tempo é que se está preparado para avançar, e justamente quando não queremos mais outra vida.

Moshê teve uma grande revelação do Eterno na sarça, mas agora ele não tinha mais intenção de agir, sabia que não conseguiria, tinha tentado e dera errado há quarenta anos atrás. Para HaShem, era agora que Moshê estava preparado, pois quem iria agir era o próprio D-us.

Outro aspecto a salientar é que o povo creu, viu que HaShem estava agindo através de Moshê e Aharon, e adorou ao Eterno. Quando tudo parecia que ia dar certo...A crise piorou, foram penalizados pelo faraó, a vida ficou ainda mais difícil do que já era. Moshê então ora ao Eterno, dizendo: Por que afligiste este povo? Por que me enviaste? E segue dizendo que tudo piorou. Quando estamos fazendo a vontade do Eterno não significa que tudo fica perfeito, as provas continuam. Mas aquele que aprendeu a ouvir a voz do Eterno no anonimato ouvi-la-á novamente. E o Eterno responde a Moshê, assegurando que por mão poderosa livrará o povo. Assim sendo, Moshê precisa escolher crer em HaShem, e não no que seus olhos naturais vêem.

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