Parashat Vayakhel
Êxodo 35.1 - 38.20
Esta parashat inicia com a orientação do shabat. E então a chamada para ofertar para o tabernáculo, que teve pronta resposta do povo. E o Eterno chamou pelo nome a Betzalel, enchendo-o de habilidade para a obra do Mishkan. As ofertas foram tantas que tiveram que pedir para o povo parar de ofertar. Vários ítens do do Mishkan foram feitos conforme a orientação de HaShem.
O shabat é primordial, em muitas porções ele é citado. Nesse caso novamente o Eterno assevera sobre ser repouso solente para o Eterno, sendo que não se deve trabalhar nem acender fogo nesse dia.
As ofertas eram de coisas caras, e a orientação foi de que cada um tomasse oferta para o Eterno com o coração disposto, e de forma voluntária. E podemos perceber como o povo se alegrou em trazer de tudo o que precisava para a construção do Mishkan, e em tal quantidade que sobejou. Oferta de coração disposto e voluntária é uma exigência do Eterno, não a quantidade em si, mas o coração é o que pesa na oferta. Vemos isso de forma muito clara na oferta da viúva pobre elogiada por ninguém menos que Yeshua HaMashiach. E em várias passagens bíblicas a orientação é a mesma: rav Shaul diz para que quem oferta, oferte com alegria, e assim por diante.
Outro aspecto muito especial dessa parashat é que o Eterno chamou a Betzalel e o capacitou. As pessoas gostam de ser chamadas pelos seus nomes, nosso nome traz nossa individualidade dentre tantos, e HaShem chama a cada um pelo nome. Assim como chamou a Samuel, e tantos outros, assim Ele nos encontra em meio a bilhões de pessoas e nos traz a um propósito, ao Seu propósito especial em nossa vida.
Betzalel foi cheio pelo Ruach do Eterno que o capacitou com habilidade, inteligência e conhecimento para toda a obra artística do tabernáculo. Quando o Eterno nos chama para um propósito, Ele mesmo nos capacita através de Seu Ruach.
Quando fizeram as cortinas, estas foram presas umas às outras com colchetes de ouro, para que o tabernáculo fosse um todo. Também por fora as cortinas foram ligadas por colchetes de bronze, para que viesse a ser um todo. Ser um todo - esse é o objetivo. As partes separadas não são o Mishkan, somente quando ligadas umas as outras, sendo um todo. Assim também é o corpo do Mashiach, cada parte precisa estar ajustada uma à outra para que possam juntas cumprir o propósito maior. Cada um fazendo a sua parte, em harmonia com os outros.
As tábuas do tabernáculo foram feitas de madeira de acácia, precisaram ser cortadas, lixadas e ajustadas umas às outras também, através de encaixes e presas em bases de prata. Nós somos parte do Tabernáculo, Yeshua mesmo se designou como o Templo, precisamos dos cortes, nossas arestas precisam sumir através da lixa, e então estamos prontos para sermos colocados junto das outras tábuas, encaixados nos irmãos, e com a base de prata - a redenção no sangue do Mashiach. Esse processo não é exatamente agradável, mas sem ele o Mishkan não pode servir ao seu propósito.
Dentro do Mishkan estariam a arca, o propiciatório, a mesa, a menorah, o altar de incenso - todos feitos de acordo com o padrão do Eterno, servindo ao propósito do Soberano Senhor. O óleo e o incenso também foram preparados. Fora, a bacia de bronze para que os sacerdotes possam lavar pés e mãos antes de oficiarem ao Eterno, e o átrio. A oferta de todos, o Eterno chamando a cada um para fazer sua parte, e o perfeito encaixe farão com que o Mishkan cumpra o Seu propósito: trazer a presença de HaShem para o meio do povo.
Por Letícia Bencke Junge
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